Uma ilha bem pertinho de Salvador, mas com o clima do sul da Bahia. Morro de São Paulo é um destino imperdível para quem procura mar calmo, águas quentes e noites agitadas.
Todos os dias, a partir de 8h, saem barcos do Terminal Marítimo do Mercado Modelo para Morro de São Paulo, na ilha de Tinharé. O terminal é bem próximo ao Elevador Lacerda, o maior cartão postal da capital baiana e as passagens para as lanchas ou catamarães podem ser compradas antecipadamente no site ou na hora, no valor de R$75.
Como minhas viagens nunca têm os dias totalmente pré-definidos, compramos os tickets no dia em que chegamos a Salvador e não tivemos nenhum problema. Eu e Daniel voltávamos da Chapada Diamantina e desembarcamos no Terminal Rodoviário da capital, de onde há vários ônibus que fazem o trajeto direto para o Mercado Modelo.
A viagem de barco dura cerca de duas horas em mar aberto e se não houver catamarã disponível, prepare-se para ir o caminho todo tomando banho de mar na lancha (isso aconteceu conosco na volta). Assim, ir de biquíni é uma boa decisão.
Desembarcando em Morro, logo na entrada você ganha um mapa da ilha e paga a taxa de preservação, R$15 independentemente do tempo que você irá ficar. A taxa foi criada para ajudar na destinação do lixo, que é levado de barco. Guarde seu comprovante até o fim da estadia. Pois, para entrar e sair do porto você vai precisar dele.
Praias
Morro divide-se basicamente em sete praias, quase todas com nomes numerados. A Primeira Praia fica bem pertinho da vila, dos restaurantes e é bastante frequentada pelos locais. Próximo a ela ficam a maioria dos hotéis, casas de veraneio e é bem servida de quiosques e ambulantes. Os preços não são muito convidativos, mas a qualidade compensa. No primeiro dia almoçamos um Moqueca na beira da praia deliciosa.
A parte do agito à noite fica por conta da Segunda Praia. Com uma faixa de areia de 500 metros repleta de espreguiçadeiras e um longo deck de madeira, onde ficam quase todos os bares. Às segundas e quintas-feiras é o dia do luau, que começa depois das 23h e vai até de manhã. Lá provamos a caipirinha de cacau, que vem dentro do próprio fruto, reutilizável para os próximos drinks. Exótico, sustentável e muito gostoso, foi mais que aprovado.
Obs.: Se quando você pensa em luau, o que vem na sua cabeça é um violão, reggae, no máximo um eletrônico, lembre-se que você estará na Bahia. Então: “pegue uma latinha e bate uma na outra”. Exatamente, todos os clássicos do Axé e novos hits irão compor a playlist dos djs de Morro. Os turistas simplesmente adoram e aprendem todos os passos. Quando chegamos, todos os gringos do nosso hostel estavam dançando, ou seja, aula de lambaeróbica garantida.
A Segunda e a Terceira praia são separadas por um dos cartões-postais de Morro, a Ilha da Saudade. Mais vazia em relação às anteriores, da Terceira Praia saem passeios de barco para a ilha vizinha Boipeba. Lá, ainda, há diversas lojas de aluguel de equipamentos de mergulho e bicicletas.
Como na ilha não há carros, uma dica que pegamos com outros hóspedes foi alugar bicicletas para conhecer as praias mais distantes. Adoramos a ideia e alugamos em nosso segundo dia para ir até a Quarta Praia e Praia do Encanto (quinta praia). Por lá, quando a maré está baixa formam-se várias piscinas naturais, ideal para descansar e pegar sol.
O caminho é plano, mas longo, cerca de quatro quilômetros. Recomendo levar bonés e bastante água. Na extensão de areia, há poucos restaurantes, pois nessa parte da ilha predominam resorts e hotéis mais isolados. Entre as duas praias encontramos um local com comida caseira incrível e lagosta a um preço que só existe no Nordeste. Até um gatinho que nos acompanhava se deu bem no banquete.
No terceiro e último dia, fomos conhecer Gamboa. Uma praia um pouco mais distante que pode ser acessada de barco ou, se a maré estiver baixa, em uma caminhada de 45 minutos. A praia, no noroeste da ilha, é muito tranquila com alguns restaurantes e conta com uma das mais famosas atrações: a encosta de argila. Segundo os nativos a argila tem ação medicinal no tratamento da pele e muita gente passa por lá para testar o tratamento de beleza na prática.
Obs.: Na ilha é muito importante ficar de olho no horário da maré, para não passar sufoco na hora de voltar. Se o seu hotel não tiver um quadro com os horários, informe-se com algum local.
Hospedagem
Em Morro, o que não faltam são opções de estadia entre resorts, a casas para alugar, até hostels. Tudo vai depender do seu orçamento. Nós fomos em setembro, uma época de baixa temporada, pouca chuva e muito calor. Fizemos reservas dois dias antes no Che Lagarto, em um quarto de apenas quatro camas, banheiro e armários, tudo muito limpo e organizado. Gostamos bastante do astral do hostel e principalmente da limpeza. Tinha café da manhã, área externa grande e as diárias em quarto compartilhado saíram por R$50 cada um.
Ruínas da Fortaleza do Tapirandu
Para quem sentiu falta de uma trilha ou caminhada, uma boa pedida é subir até o farol da ilha, construído em 1855. A 100 metros de altura, é possível ver toda a Baía de Todos os Santos, tirar fotos do mirante e chegar até a tirolesa que desemboca na Primeira Praia. Segundo os locais, essa é a maior tirolesa do país acabando dentro d’água.
No fim do dia, muita gente vai caminhando em direção ao forte assistir ao pôr do sol. A área, erguida em 1630, é recheada de história em seus 678 metros de muralhas. As ruínas, restauradas nos últimos anos, foram tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional e são um baita convite para conhecer essa ilha tão especial.
E você ficou curioso para conhecer Morro de São Paulo?
Vá, mas não esqueça de comentar aqui como foi 😉
Sempre tive vontade de conhece Morro de São Paulo agora com essas dicas vou conhecer.
Muito boa
Que bom, Dilma! Esse é um dos lugares que eu mais recomendo. Bem fácil de chegar e lindo, assim como a maior parte do nordeste =)
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